S. Miguel, S. Gabriel e S. Rafael, Arcanjos

O mês de Setembro tornou-se o mais festivo para os cristãos, pois a Igreja unificou a celebração dos três arcanjos mais famosos da história do catolicismo e das religiões: Miguel, Gabriel e Rafael, para o dia 29 de Setembro.

Esses três arcanjos, representam a alta hierarquia dos anjos-chefes, o seleto grupo dos sete espíritos puros que atendem ao torno de Deus e são seus mensageiros dos "Decretos Divinos", aqui na Terra.

Miguel, que significa "Ninguém é como Deus", ou "Semelhança de Deus" é considerado o Príncipe guardião e guerreiro, Defensor do trono celeste e do povo de Deus. Fiel escudeiro do Pai Eterno, chefe supremo do exército celeste e dos anjos fiéis a Deus. Miguel é o arcanjo da justiça e do arrependimento, padroeiro da Igreja Católica. Costuma ser de grande ajuda no combate contra as forças maléficas. É citado três vezes na Sagrada Escritura. O seu culto é um dos mais antigos da Igreja.

Gabriel, o seu nome significa "Deus é meu protetor" ou "Homem de Deus". É o Arcanjo anunciador por excelência das revelações de Deus e é, talvez, aquele que esteve perto de Jesus na agonia entre as oliveiras. Padroeiro da Diplomacia, dos trabalhadores dos correios e dos operadores dos telefones. Comumente está associado a uma trombeta, indicando que é aquele que transmite a Voz de Deus, o portador das notícias. Além, da missão mais importante e jamais dada a uma criatura, que o Senhor lhe confiou: o anúncio da encarnação do Filho de Deus. Motivo que o fez ser venerado, inclusive no islamismo.

Rafael, cujo significado é "Deus te cura" ou "Cura de Deus" teve a função de acompanhar o jovem Tobias, personagem central do livro Tobit, no Antigo Testamento, em sua viagem, como seu segurança e guia. Guardião da saúde e da cura física e espiritual, é considerado também o chefe da ordem das virtudes. É o padroeiro dos cegos, médicos, sacerdotes e, também, dos viajantes, soldados e escudeiros.

A Igreja Católica considera esses três arcanjos, poderosos intercessores dos eleitos ao trono do Altíssimo. Durante as atribulações do quotidiano eles costumam aconselhar-nos e auxiliar, além é claro, de levar as nossas orações ao Senhor, trazendo as mensagens da divina providencia. Preste atenção, ouça e não deixe de rezar para eles.
Fonte: Blog Solenidades

1º sábado do mês de outubro

AVISO IMPORTANTE
O 1º sábado do mês de Outubro, dia 04, terá lugar na Igreja Nossa Senhora do Rosário no Seminário dos Arautos do Evangelho, na Serra da Cantareira, KM 7,5 da Estrada Santa Inês, às 11:00h.

Teremos vários ônibus que partirão da Catedral da Sé às 9:30h e retornarão logo após a Missa para a mesma Catedral da Sé.

Para os que têm condução própria, o mapa do local encontrase no fim deste Convite.

Venha com toda a sua família, será uma ótima ocasião para que conheçam mais de perto esta obra providencial, a 1ª Igreja dos Arautos do Evangelho.

A Santa Missa, será celebrada pelo Superior Geral dos Arautos do Evangelho, Revmo. Pe. João S. Clá Dias, com a presença da imagem peregrina de Nossa Senhora de Fátima, coroada pelo Venerável Servo de Deus, o papa João Paulo II e a participação do Coro e Orquestra Internacional dos Arautos do Evangelho.

Oração a Nossa Senhora Protetora dos Nascituros

"Maria levantou-se e foi às pressas para as montanhas de Judá" (Lc 1,39)

Senhora e Mãe nossa, é com santa angústia e zelo fraterno que nos dirigimos a ti, amiga e defensora de todas as crianças, nascidas e por nascer.

Tu foste "às pressas" para santificar, por meio do teu Filho, Jesus, a uma criança que estava prestes a nascer no ventre de Isabel. Cuidaste de tudo, com carinho e desvelo de Mãe.

Agora, queremos invocar-te como PROTETORA DOS NASCITUROS, muitos em perigo de serem assassinados, trucidados, antes de verem a luz do dia. É o maior escândalo, o pior crime contra a humanidade toda. O útero materno, querida Mãe, tornou-se o lugar mais inseguro e violento da terra. Tu bem o sabes e, certamente, choras como choraram as mães de Belém, na matança dos seus inocentes filhinhos (Mt 2,16-17).

Vem, depressa, em socorro de todos os NASCITUROS, levando-lhes, com teu Jesus, a certeza e a garantia de VIDA, de sobrevivência digna, de acolhida num lar afetuoso e de merecida educação. Tu o podes fazer, porque levas Jesus contigo, e porque "para Deus nada é impossível" (Lc 1,37).

Antecipadamente, ó Mãe e PROTETORA DOS NASCITUROS, te agradecemos este imenso favor: por Jesus Cristo, teu Filho, na unidade do Espírito Santo. Amém!

DOM EUSÉBIO OSCAR SCHEID, SCJ.
Cardeal Arcebispo da Arquidiocese do Rio de Janeiro

São Vicente de Paulo

Roberto Alves Leite
- Quanto tens em caixa?
- O necessário para alimentar a comunidade durante um dia.
- Isto quer dizer quanto?
- Cinqüenta escudos.
- Ah, bem! Dê-me, pois estou precisando.

E lá se foram os cinqüenta últimos escudos, para os nobres da Lorena.

O elitista francês que desta maneira raspou a caixa da Instituição para dar o dinheiro aos nobres empobrecidos da Lorena, nasceu em Dax, próximo da Espanha, em 24 de abril de 1581. Sabe-se que São Vicente de Paulo era de família humilde, e que trilhou descalço os caminhos, cuidando dos seus animais. Sua infância é praticamente desconhecida.

Ordenado sacerdote com 19 anos, desempenhou um papel importantíssimo na história da Igreja na França. Em 1610, a Rainha Margarida de Valois, cuja piedade se igualava ao mundanismo, aceitou-o entre seus conselheiros e capelães esmoleres. Nessa época fez o propósito de dedicar o resto da vida aos necessitados, entretendo seu amor ao próximo no Coração de Jesus Cristo e em uma profunda devoção a Nossa Senhora, que honrava de mil maneiras por numerosas preces e peregrinações.

Em 1615 foi atingido por uma doença que afetou seus joelhos até o final da vida.

Filipe Emanuel de Gondi, Tenente-General do Rei nos mares do Levante, o teve comp preceptor do primogênito. A esposa, Françoise-Margherite de Silly, era mulher virtuosa, cujos escrúpulos faziam sofrer o confessor tanto ou mais do que a ela própria. Quando o zeloso sacerdote se deslocava pelas numerosas terras do General Filipe de Gondi, dava assistência às suas populações e às da vizinhança, trocando a magnificência dos salões pela rudeza dos campos. Nelas instituía, invariavelmente, a Confraria da Caridade.

Enquanto esteve nessa família, tomou o hábito de ver no General a Nosso Senhor, e em sua esposa Nossa Senhora. O que não o impedia de dar-lhes caritativos conselhos.

Sustentáculo da IgrejaServiu o Santo durante um ano na paróquia de Châtillon. Ao sair, um ano mais arde, deixou-a enlutada, o que, aliás, ocorreu em todas as paróquias em que esteve. Todos queriam uma lembrança sua, tendo seu chapéu sido arduamente disputado; deixou para os paroquianos suas roupas. Só os heréticos ficaram contentes, dizendo que os habitantes de Chântileon haviam perdido o sustentáculo e a melhor pedra da Religião católica.

Em 1933, funda as Filhas da Caridade, constituída de mulheres unidas por votos, mas sem serem religiosas. Mademoiselle le Grass, nascida Luísa de Marillac, foi a primeira. Era o começo de uma obra que proporcionou socorro a milhões de necessitados pelo mundo inteiro.

No ano seguinte, nascia a instituição Damas da Caridade, em Paris. Em poucos meses tinha mais de cem membros, quase todos portando grandes nomes, como a Princesa Luísa-Maria de Gonzaga (depois Rainha da Polônia), a Princesa de Condé, as duquesas de Nemours, d'Aiguillon, de Ventadour, de Verneuil, etc.

São Vicente vivia entre nobres, entre pobres e entre santos. Conheceu Santa Luísa de Marillac como esposa do secretário das Ordens da Rainha regente, Maria de Médicis. São Francisco de Sales, segundo ele, era o homem que melhor espelhava o Filho de Deus vivendo sobre a Terra.

Reformador do clero

Poderia parecer que a preocupação com os pobres absorvia todo o seu tempo, mas São Vicente trabalhava também para reformar a Igreja na França. "A Igreja - dizia ele - vai à ruína em muitos lugares por causa da má vida dos padres; são eles que a perdem e a destroem". Os resultados dos retiros espirituais para os novos sacerdotes foram fundamentais para reconduzir a classe sacerdotal ao lugar que merece na sociedade.

Os mosteiros também receberam seu valioso auxílio, pois era amigo, ajudante e conselheiro de reformadores de ordens monásticas. Não havia, praticamente, reunião sobre assuntos de piedade a que não estivesse presente. Mesmo altos personagens - Núncios, Bispos, Magistrados - vinham lhe submeter suas dúvidas.

Nomeado membro do Conselho de Consciência de Luís XIII, contribuiu decisivamente para a reforma do Episcopado, sendo sempre consultado pelo Rei nas indicações. Após a escolha, conversava com o eleito sobre seus deveres e não o perdia de vista: continuava seu guia e advogado.

Não foi somente reformador, mas um inovador e um criador, instituindo ousadamente as Irmãs de Caridade, sem véu, para atuar entre os doentes e mesmo entre os soldados; e também os missionários, que não são religiosos mas têm votos.

Protetor dos nobres empobrecidos

A maior parte dos nobres da Lorena havia emigrado, para não morrer de fome; sua miséria era a pior, porque não ousavam estender a mão. Ninguém os socorria, porque não eram vistos como necessitados. São Vicente tomou conhecimento dessa situação, e os socorreu. Comentou que sentia muito contentamento nisso, porque era de justiça assistir e aliviar aquela pobre nobreza, para honrar Nosso Senhor, que era muito nobre e muito pobre ao mesmo tempo. Chegou a dar-lhes o dinheiro que havia recebido para a compra de um novo cavalo, porque o seu morria de velho. Seguindo esse belo exemplo, essa nobreza fez o mesmo, durante mais de 20 anos, com os nobres que fugiram da Inglaterra e da Escócia, perseguidos por Cromwell.

Escravo da verdade

Com a morte de Luís XIII, em 1643, voltou ao Conselho de Consciência a pedido da Rainha regente, Ana d'Áustria. Pode-se dizer que a Igreja da França saiu regenerada e rejuvenescida, pois ele não negligenciou nada para salvaguardar ou restaurar o dogma, a moral e a disciplina. É lícito afirmar que nada de importante foi feito contra o jansenismo e outras heresias na França sem sua intervenção. Os ataques violentos, sobretudo depois de sua morte, e os obstáculos que colocaram no processo de sua canonização, demonstram como foram profundas as feridas que receberam os hereges.

Dispensado do Conselho, pois Mazarino não simpatizava com São Vicente, dedicou-se ele especialmente a defender sua obra contra as influências jansenistas, e o fez com extremo sucesso. Os poucos que perdeu eram doentes.

Para ele, bastava que a Igreja tivesse falado. Apoiado sobre essa autoridade, dizia: "Eu tenho a verdade. Para que procurar?". A fé penetrava-o por inteiro. Tudo nele indicava um amor intenso a Deus: o calor com que falava da majestade e da santidade dEle, seu fervor durante os exercícios de piedade e até, suas genuflexões, bem como sua atitude diante do Santíssimo Sacramento.

Perfeito homem de ação

Ninguém serviu o Rei com mais fidelidade, e a Hierarquia eclesiástica com mais respeito, do que o simples Pe. Vicente. Possuía todas as qualidades que caracterizam um homem de ação: iniciativa, ousadia, gênio organizativo, prudência, bom senso, desinteresse, paciência e obstinação. Seu espírito prático e minucioso pesava bem os prós e os contras, tanto em seu conjunto como nos detalhes. Quando entrava por uma via, não parava, não olhava para trás; não destruía num dia o que havia construído na véspera; nada o fazia recuar.

Incansável, vemo-lo limpar o Mediterrâneo dos piratas que o infestavam e multiplicar as negociações para realizar uma expedição afim de bombardear Alger.

Temperamento ordenado pela virtude

Sua mortificação igualava a piedade. Mostrava-se agradecido por qualquer mínimo favor: uma vela que se acendia, um livro que se lhe dava, uma porta que se lhe abria recebia de sua parte um agradecimento. E com tanta graça o fazia, que as pessoas procuravam o menor pretexto para servi-lo. Seu temperamento naturalmente bilioso e melancólico havia cedido lugar à bondade, que lembrava o doce São Francisco de Salles.

Faleceu no dia 27 de setembro de 1660. Em 1737, 27 cardeais, centenas de Prelados, o Rei da Inglaterra, embaixadores e a nobreza romana assistiram à solene canonização de São Vicente de Paulo, no pontificado de Clemente XII.

Fonte de referência:
Pierre Coste, Padre da Missão - Monsieur Vincent, le grand saint du grand siècle - Desclée de Brouwer et Cie., Paris, 1932.

São Cosme e São Damião


Cosme e Damião eram irmãos e cristãos. Na verdade, não se sabe exatamente se eles eram gêmeos. Mas nasceram na Arábia e viveram na Ásia Menor, Oriente. Desde muito jovens, ambos manifestaram um enorme talento para a medicina. Estudaram e diplomaram-se na Síria, exercendo a profissão de médico com muita competência e dignidade. Inspirados pelo Espírito Santo, usavam a fé aliada aos conhecimentos científicos. Com isso, seus tratamentos e curas a doentes, muitas vezes à beira da morte, eram vistos como verdadeiros milagres.

Deixavam pasmos os mais céticos dos pagãos, pois não cobravam absolutamente nada por isso. A riqueza que mais os atraía era fazer de sua arte médica também o seu apostolado para a conversão dos pagãos, o que, a cada dia, conseguiam mais e mais.

Isso despertou a ira do imperador Diocleciano, implacável perseguidor do povo cristão. Na Ásia Menor, o governador deu ordens imediatas para que os dois médicos cristãos fossem presos, acusados de feitiçaria e de usarem meios diabólicos em suas curas.

Mandou que fossem barbaramente torturados por negarem-se a aceitar os deuses pagãos. Em seguida, foram decapitados. O ano não pode ser confirmado, mas com certeza foi no século IV. Os fatos ocorreram em Ciro, cidade vizinha a Antioquia, Síria, onde foram sepultados. Mais tarde, seus corpos foram trasladados para uma igreja dedicada a eles.

Quando o imperador Justiniano, por volta do ano 530, ficou gravemente enfermo, deu ordens para que se construísse, em Constantinopla, uma grandiosa igreja em honra dos seus protetores. Mas a fama dos dois correu rápida no Ocidente também, a partir de Roma, com a basílica dedicada a eles, construída, a pedido do papa Félix IV, entre 526 e 530. Tal solenidade ocorreu num dia 26 de setembro; assim, passaram a ser festejados nesta data.

Os nomes de são Cosme e são Damião, entretanto, são pronunciados infinitas vezes, todos os dias, no mundo inteiro, porque, a partir do século VI, eles foram incluídos no cânone da missa, fechando o elenco dos mártires citados. Os santos Cosme e Damião são venerados como padroeiros dos médicos, dos farmacêuticos e das faculdades de medicina.
Fonte: COT

Declarações do Cardeal Law e do Mons. Paccanelli

Cardeal Bernard Francis Law, Arcipreste da Basílica Papal de Sta. Maria Maior:

O dia de hoje é muito importante para nós, devido à nomeação do Pe. João como cônego honorário. É um modo muito belo de expressar o vínculo entre os Arautos e esta Basílica. Porque, como todos sabem, os Arautos têm um grande amor à Imaculada. Por esta razão, é que esperamos que este vínculo oficial, papal, com esta Basílica, seja uma grande riqueza para os Arautos e para esta Basílica.


Mons. Adriano Paccanelli, mestre de cerimônias da Basílica Papal de Santa Maria Maior:

Vejo, nesta benevolência demonstrada pelo Santo Padre Bento XVI para com o vosso fundador, antes de mais a confirmação de uma relação nascida no começo, quando a Associação Arautos do Evangelho recebeu a aprovação pontifícia: numa bela celebração realizada em Sta. Maria Maior.
Aí já estava em gérmen uma relação que desde 2001 se mantém até hoje. Foi uma confirmação que o Santo Padre deu a esta ligação que desde o início os Arautos quiseram ter com a Imaculada, com a Basílica mariana mais importante de toda a Igreja latina. Vemos ao mesmo tempo que é um estímulo, é um aprofundamento desta ligação com o Papa, com a igreja universal, com a Igreja de Roma, com esta Basílica em particular. E também a espiritualidade dos Arautos do Evangelho deixa transparecer essa especial relação com o Santo Padre, que passa através desta Basílica, e da qual o padre fundador foi nomeado cônego honorário. Espero que além de ser uma confirmação, seja um grande estímulo, para de agora em diante sentirem-se mais filhos da Igreja Una, Santa, Católica, Apostólica e Romana. Porque a sede própria do Sumo Pontífice é em Roma. E esta Basílica está no coração da Igreja e no coração do Papa.
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Nossa Senhora da Salette


A primeira manifestação solene da Virgem, advertindo para a iminência desta tragédia e convocando a todos a ajudarem a conjurá-la se deu em La Salette, um lugarejo dos Alpes franceses, pertencente à diocese de Grenoble. Ali, pelas 15 hs. de 19 de setembro de 1846, ela se mostrava a duas crianças analfabetas, enquanto cuidavam de quatro vacas do patrão: Melânia Calvat (15 anos) e Maximino Giraud (11 anos). A bela Senhora, que aparecia dentro de uma luz, assentou-se sobre a casinha de pedras, que tinham construído de manhã e à qual deram o nome de "Paraíso". "Cheguem perto - convidou - não tenham medo".

"Estas doces palavras - conta Maximino - me fizeram voar até ela. Enquanto falava, as lágrimas começaram a rolar de seus belos olhos. Disse: 'Se o meu povo não quiser se converter, serei obrigada a deixar cair a mão do meu Filho. Ela é tão pesada que já não consigo sustentá-la' ''.

Queixa-se do trabalho manual aos domingos e da blasfêmia: "São estas duas coisas que tomam tão pesado o braço do meu Filho". Em contrapartida, "se os pecadores se converterem, as pedras e as rochas se transformarão em montões de trigo".

Depois revelou a Maximino um curto segredo, que nunca deveria revelar, e a Melânia, outro, bem mais longo, que só poderia tomar público a partir de 1858.

Particularmente às crianças disse que deveriam rezar ao menos um pai-nosso e uma ave-maria ao levantar e deitar e quando fosse possível que fizessem mais. Ela disse que se não se convertessem não haveria trigo e nem batatas naquele ano, mas que se se convertessem haveriam colheitas excepcionais e muita abundância. Ela desapareceu dizendo aos pastores que levassem esta mensagem a todo o seu povo.

No lugar onde seus pés pousaram brotou uma nascente, que nunca mais secou.

No quinto aniversário da aparição (1851), o bispo de Grenoble, Dom Bruillard, autorizou o culto a Nossa Senhora da Salette, e ele mesmo subiu ao monte a cavalo, para lançar a pedra fundamental do futuro Santuário. No ano seguinte, o papa Pio IX, depois de aprovar essa aparição, quis conhecer os dois segredos, que prontamente foram escritos pelos videntes, agora alfabetizados, na presença de testemunhas eclesiásticas, e remetidos ao Papa. Quando esse os leu, seus lábios se contraíram e o rosto se alterou. Mais tarde disse: "O que há nos segredos de La Salette? Bem, são as palavras do Evangelho: se não fizerdes penitência, todos perecereis".

Mons. João Clá Dias


Veja a noticia na integra, fotos e vídeo da Celebração,

Monsenhor João Clá Dias é nomeado cônego da Basílica Papal de Sta. Maria Maior

Roma, 14 de setembro de 2008 – Hoje de manhã, Mons. João Scognamiglio Clá Dias, EP, fundador e presidente-geral de Arautos do Evangelho, associação internacional de fiéis de direito pontifício, foi admitido no Cabido Liberiano da Basílica Papal de Santa Maria Maior.

Mons. João Clá Dias, EP, foi criado cônego honorário da referida Basílica Papal, por Bula do Papa Bento XVI, tendo sido admitido perante o Cabido, presidido pelo arciprestre, o Emmo. Cardeal Francis Bernard Law, numa solene cerimônia realizada às 9:00 na Capela Sforza. Em seguida, procedeu-se à Celebração Eucarística, no altar papal, presidida pelo Emmo. Cardeal Law e concelebrada por Mons. João Clá, pelos membros do Cabido Liberiano e numerosos sacerdotes. Os fiéis lotaram completamente a grandiosa Basílica para assistir à celebração da Eucaristia.

A origem do Cabido Liberiano remonta ao século XII, contando atualmente com 31 Cônegos, 7 dos quais são honorários. Por tratar-se de uma Basílica Papal, os membros do Cabido são criados pelo Sumo Pontífice, sendo-lhes conferida a dignidade de Protonotários Apostólicos supranumerários.

Santa Maria Maior é uma das quatro basílicas papais de Roma, junto com a de São Pedro, São João de Latrão e São Paulo Extramuros. A construção iniciou-se no ano de 360, por iniciativa do Papa Libério, mas quem lhe deu um impulso decisivo foi o Papa Sixto III, no século V, pouco depois de ter sido definido o dogma da Maternidade Divina da Santíssima Virgem, no Concílio de Efeso.

Nesta histórica e belíssima basílica, encontram-se expostas à veneração dos fiéis algumas das mais veneráveis relíquias da Cristandade: as tábuas da Manjedoura do Presépio, em que repousou Jesus Menino na noite de Natal.

Uma das interessantes características de Sta. Maria Maior é a de ter o campanário mais alto de Roma, com cerca de 75 m de altura.

Nossa Senhora das Dores

Acompanhar Nossa Senhora em todas as fases de sua vida terrestre, admirar os altos desígnios de Deus na pessoa sacrossanta de sua Mãe é sempre delícia para um coração devoto à SS. Virgem. Mais apropriada não podia ser a nossa meditação das dores, senão ocupando-nos com os sete dolorosos lances de sua existência terrena, ou propriamente “as sete dores”, a saber:


1 - A profecia de Simeão
2 - A fuga para o Egito
3 - Jesus encontrado no templo
4 - Maria se encontra com Jesus na via dolorosa
5 - Jesus morre na cruz.
6 - Abertura do coração de Jesus pela lança e descimento da cruz
7 - Jesus é colocado no sepulcro.

Fonte: http://www.cot.org.br/igreja/

A profecia de Simeão


“Eis aqui está posto este Menino para ruína
e para ressurreição de muitos de Israel, e como
alvo a que atirará a contradição.
E uma espada traspassará tua alma”. (Lc. 2,34)


A esta palavra a SS. Virgem vê de uma maneira clara e distinta no futuro as contradições a que Jesus Cristo será exposto: contradições na doutrina, contradições no conceito público, contradições nos seus santíssimo afetos, na alma e no corpo. E esta previsão dolorosa ficou na alma de Maria durante trinta e três anos. À medida que Jesus crescia em idade, em sabedoria e em graça, no Coração de Maria aumentava a angústia de perder um filho tão caro, pela aproximação da inexorável Paixão e Morte. “O Senhor usa de compaixão para conosco, em não nos fazer ver as cruzes que nos esperavam, e se temos de sofrer, é só uma vez. Com Maria Santíssima assim não procedeu, porque a queria Rainha das dores e toda semelhante ao Filho; por isso ela via sempre diante de si todas as pelas que havia de sofrer” (Santo Afonso)

A fuga para o Egito


A profecia de Simeão começou a cumprir-se logo. Jesus apenas nascido, já é cercado pela morte. Para salvá-lo, Maria deve ir para um exílio longínquo, para o Egito, por caminhos desconhecidos, cheios de perigos. No Egito a Sagrada Família passou perto sete longos anos como estranha, desconhecida, sem recursos, sem parentes. “A viagem de volta para a Terra Santa apresentou-se mais penosa ainda, porque o Menino Jesus já era tão crescido que, levá-lo ao colo, difícil tarefa devia ser, e fazer a pé o grande trajeto parecia acima de suas forças” (São Boaventura)

Jesus encontrado no templo


“Há quem diga que toda esta dor não só foi maior
de todas que Maria sofreu na sua vida,
mas que foi também de todas a mais acerba”.


Nos outros seus sofrimentos tinha ela Jesus em sua companhia; mas agora via-se longe dele, sem saber onde ele se achava. Das outras dores Maria conhecia perfeitamente a razão e o fim, isto é, a redenção do mundo, a vontade divina; mas nesta dor não podia ela atinar com o motivo de Jesus estar longe de sua Mãe. Quem sabe se sua mente não se torturava com pensamentos como este: não o servi como devia, cometi alguma falta, alguma negligência, que motivasse dele se retirar de mim? Certo é que não pode haver pena maior para uma alma que tem amor a Deus, senão o temor de o ter desgostado. Realmente, em nenhuma outra dor, que nós saibamos, Maria se lamentou, queixando-se amorosamente com Jesus, depois de o ter achado:


“Filho, porque fizeste assim conosco?
Olha que teu pai e eu te buscávamos aflitos”
(Santo Afonso)

Maria se encontra com Jesus na via dolorosa


Pilatos tinha sentimento humano para com Jesus; tivesse ele vencidosua covardia, talvez o teria salvo do furor da multidão, ainda mais, se à súplica de sua mulher se tivesse unido um pedido da Mãe de Jesus. Maria, porém, não se move naquela hora tremenda, que decide da vida ou da morte de seu Filho, porque sabe, que o Filho podia por si, sem auxílio alheio, livrar-se dos seus inimigos, e se se deixa como um cordeiro levar ao suplício, então é porque o faz espontaneamente, cumprindo a vontade de Deus. Maria ainda não se move, quando a sentença já é irrevogavelmente pronunciada. Vai ao encontro de Jesus que, carregado do peso da cruz, se encaminha para o Calvário. Vê-o todo desfigurado e entregue, coberto de mil feridas e horrivelmente ensangüentado. Seus olhares se cruzam. Nenhuma queixa sai da sua boca, porque as maiores dores Deus lhe reservou para a salvação do mundo. Aquelas duas almas, heroicamente generosas, continuam juntas no seu caminho do sofrimento, até o lugar do suplício.

Jesus morre na cruz


Chegam ao Calvário. Os algozes despojam Jesus das suas vestes, pregam-no na cruz, levantam o madeiro e sobre ele deixam-no morrer. Maria agora se aproxima da cruz e perto da cruz fica, e assiste à horrível agonia de três horas. "Que espetáculo ver-se o Filho agonizante sobre a cruz, e ver-se ao pé da mesma agonizar a Mãe, que todas as penas sofria com seu Filho!" (Santo Afonso). “O que os cravos eram para o corpo de Jesus, para o coração de Maria era o amor” (São Bernardo). “No mesmo tempo que Jesus sacrificava o corpo, a Mãe imolava a alma” (São Bernardo). E não pode dar ao Filho o menor alívio; ainda saber que o maior tormento para o Filho era ver present5e sua Mãe, que dor, que sofrimento! O único alívio para a Mãe e para o filho era saber, que das suas dores resultava para nós a vida eterna.

Abertura do coração de Jesus pela lança e descimento da cruz


Jesus morrendo, exclamou: “Consummatum est” – Tudo está consumado. Estava completa a série dos sofrimentos para o Filho, não porém, para a Mãe. Quando ela está chorando a morte do filho, um soldado vibra a lança contra o peito de Jesus, abrindo-o, e sai sangue e água. O corpo morto de Jesus não sente mais a lançada; mas sentiu-a a Mãe no íntimo do coração. Tiram o corpo do Filho da cruz. O Filho é entregue à Mãe, mas em que estado! Antes o mais belo entre os filhos dos homens, agora está todo desfigurado. Antes, era um prazer olhar para ele; agora, seu aspecto é horroroso. Quando morre um filho, trata-se de afastar do cadáver a mãe. Maria, pelo contrário, não deixa que lho tirem dos seus braços, senão quando é para sepultá-lo.

Jesus é colocado no sepulcro


“Eis que já o levam para sepultá-lo. Já se põe em movimento o doloroso préstito. Os discípulos levam o corpo de Jesus sobre os ombros. Os Anjos do céu o acompanham. As santas mulheres seguem e, no meio delas, a Mãe. Querem que ela mesma acomode o corpo sacrossanto de Jesus no sepulcro, precisando por a pedra para fechar o sepulcro, os discípulos precisam dirigir-se à SS. Virgem, e lhe dizer: “Agora é hora de vos despedir, Senhora; deixai que fechemos o sepulcro. Muni-vos de paciência! Olhai-o pela última vez e despedi-vos de vosso filho”. Moveram a pedra e colocaram-na no seu lugar, fechando com ela o santo sepulcro. Maria, dando um último adeus ao Filho e à sepultura, volta para casa” (Santo Afonso). “Voltou tão triste a aflita e pobre Mãe, que todos a viam, dela se compadeciam e choravam” (São Bernardo) Só no nosso coração não haverá lágrimas para Maria? Não choramos nós, que somos a causa de tantas dores? Ah! Se nos faltam lágrimas de sentimento dos nossos olhos sensíveis, choremos pelo menos lágrimas de penitência, expressão ainda do firme propósito, de não mais cometermos pecado algum. Foram os nossos pecados que levaram à morte o nosso Irmão primogênito, e transpassaram o coração dulcíssimo de Maria, Mãe de Jesus e nossa Mãe.


Exaltação da Santa Cruz

Hoje dia 14 de setembro, a liturgia da nossa Igreja celebrava a festa da Exaltação da Cruz. O fiel é convidado a penetrar as profundezas de um “amor que chegou aos extremos” (Jo 13,1), louvando, agradecendo, exaltando. Não podemos restringir a nossa contemplação ao aspecto doloroso e trágico dessa “bendita e louvada” Cruz, da qual pendeu a salvação do mundo. Ficamos chocados e até, revoltados diante dessa ignominiosa crueldade de condenar um Inocente através do suplício degradante e debochante, que era reservado aos escravos mais vis e revoltados, os bandidos e salteadores.

Queremos engrandecer o heroísmo máximo de quem morreu pelas mais nobres causas, escancarando o acesso à salvação para todos.

“Assim como Moisés - diz Jesus - levantou
a serpente no deserto, é preciso
que o Filho do Homem seja levantado,
para que todo aquele que o contemplar,
seja salvo”. (Jo 3,14-15)

Sempre olhamos para o Crucificado com certa tristeza... Além de ter diante dos olhos a imagem mais cruel do Homem das Dores, vem-nos à lembrança a causa de tanto sofrimento: os pecados todos desde Adão até o final dos tempos estão retratados ali, naquela imagem de um transfigurado pela dor, ingratidão, pela paixão e pelo sofrimento da humanidade toda. O profeta Isaías, nos Cânticos do Servo de Javé, havia profetizado: “O mais belo dos homens perdeu toda a sua beleza. Não mais parece nem mesmo gente. Aparece como “golpeado, humilhado, desonrado e triturado” (Is 53,5).

Contudo, os Santos viam nEle a suma beleza, o maior objeto de esperança, a figura santa e verdadeira do homem novo. Desta forma, a Cruz será o grande contraste, o desafio por definição. Por um lado demonstra a maldade do ser humano e, por outro, a grandiosidade do amor do Pai “que não poupou a seu próprio Filho” (Rm 8,32) e de Cristo, que demonstra ali o maior amor pelos amigos, “morrendo por eles” (Jo 15,13).

O Crucificado é, efetivamente, o centro da História humana. É naquela hora – a HORA entre as demais horas – que se realiza “a plenitude dos tempos” (Ef 1,10 e Gl 4,4) Jesus havia confidenciado, que naquela hora iria atrair tudo para si. De fato tudo se agrupa ao redor da Cruz; os povos que andam nas trevas e os que avançam ao clarão da luz eterna; a história de cada pessoa e do universo todo adquire pleno sentido à sombra dessa Cruz. É por isso, que São Paulo nos fala do mistério da Cruz como o mistério central, o centro de toda a ciência e sabedoria. O Crucificado, no mistério de sua Paixão e Morte nos assegura o aprendizado dos seus inesgotáveis tesouros de sabedoria e ciência. Achegando-nos ao Crucificado, contemplando-o com profunda compenetração, tornamo-nos seus alunos e, se formos dóceis aos seus ensinamentos, tornamo-nos seguidores dos seus passos todos... até mesmo dos ensangüentados.

“A Cruz está de pé, enquanto o mundo gira”, cantava-se em séculos passados, aparecendo, assim, a Cruz como a rocha firme, o baluarte que não treme diante das coisas que passam. Ela é estável e firme! Ela está firme enquanto os acontecimentos humanos se desenrolam a seus pés, transformados pelo sangue redentor, pelo benefício de um amor eterno.

A Cruz é também o grande sinal da esperança última: “Verão aparecer sobre as nuvens o sinal do Filho do Homem” (Mt 24,30). Os cemitérios, as lápides sepulcrais quase todas estão assinaladas pela Cruz. É a certeza de que aqueles que “morreram em Cristo, também ressuscitarão com Ele” (Rm 6,4). A Cruz atravessa as sombras da morte, os muros do desconhecido mundo do Além, e abre novas esperanças, a visão preanunciada de uma vida nova de felicidade eterna: agregação conjunta de todos os bens e alegrias, amizade transformante com Deus, imersão na sua glória.

A Cruz, dizíamos, se nos apresenta como um grande contraste, um verdadeiro choque. Ali se defrontam o ódio máximo e o amor maior; o aparente fracasso e a vitória final, já iniciada; a justiça e a misericórdia; as luzes e as trevas; a tristeza da morte e o borbulhar das “fontes da alegria de salvação” (Is, 12,3). A Cruz nos estimula ao sacrifício, ao heroísmo e ao martírio. Nela os missionários de todos os tempos encontravam inspiração e impulso evangelizador. Todos os inumeráveis mártires de ontem e de hoje encontravam nela o ideal e a força para o sofrimento e para o enfrentamento da própria morte, qualquer que fosse.

A Cruz, ainda hoje, nos irmana na solidariedade com os que sofrem: doentes, encarcerados, injustiçados, excluídos... Para todos eles (e para nós também) o Crucificado é a resposta: “Não temais eu venci o mundo” (Jo 16,33).

Ao nos persignarmos com o sinal do cristão – como aprendemos desde o Catecismo – professamos a nossa fé que brota da Cruz e nela se consuma como vitória final. Não percamos o lindo costume de enriquecermos as salas de estar, salas de aula, de decisões maiores, estabelecimentos públicos – com a figura nobre e, ao mesmo tempo, triste do Crucificado. É perene apelo à justiça e honestidade. É garantia de acerto.

Ao contemplarmos um pouco mais de perto o Crucificado, entenderemos melhor os segredos de Jesus e teremos mais coragem para enfrentar os contratempos do dia-a-dia e nossos olhos penetrarão nos abismos do Amor... A Cruz é uma das grandes maravilhas de um amor sem limites e sem explicações, de um amor humano-divino de total doação.

D. EUSÉBIO OSCAR SCHEID
Arcebispo da Arquidiocese do Rio de Janeiro

Santíssimo Nome de Maria


Foi imposto este nome à Senhora não casualmente ou por arbítrio humano, senão (como dizem os Santos) por disposição divina e instinto do Espírito Santo; e por ventura foi anunciado à S. Ana por algum Anjo, como foi o do Precursor a seu pai Zacarias. Considera, pois, neste nome, as suas significações.

São Pedro Canísio escreveu: "Se existe entre os mortais algum nome tão belo, cheio de graça, que mereça ser escrito, lido, louvado, pintado e esculpido é o de maria, já que é digno de estar sempre diante dos olhos, nos ouvidos e nas mentes de todos os homens e de ser pronunciado em particular e publicamente com imensa reverência".

Quanto às significações, tocaremos só em três das mais principais. A primeira é que Maria, na língua Síria (que era a mais usada naquele tempo em Palestina), quer dizer Senhora. O que bem quadra este nome à Virgem, pois é Senhora absoluta, soberana e pacífica de todas as criaturas no Céu, na terra e debaixo da terra! Os mais sublimes Serafins, aquelas essências mais puras, que servem de lugares à presença de Deus, iluminam, reconhecem, e adoram a esta Princesa; as nações, os reinos e os impérios dependem do seu aceno e favor, tremem da sua ausência e desvio.

Outra significação do nome MARIA na língua hebraica é Estrela do mar; e com este apelido a invoca a Igreja: Ave Maris Stella. Também lhe vem mui próprio, por estrela, e estrela do mar. Por estrela primeiramente: porque a estrela, sem diminuição sua, nos produz o raio luminoso e a Virgem, permanecendo Virgem, nos gerou Cristo, que é luz do mundo. Além disso, porque as estrelas presidem às trevas da noite; e a Virgem é refúgio de pecadores, em que ainda não reina o Sol da graça.

A terceira significação, e de todas a mais própria e digna, é, conforme diz S. Ambrósio, MARIA, isto é, Deus da minha geração. Ó imensa glória! Ó altíssima dignidade! Ó ventura imponderável! Senhora, Deus de vossa geração! O que tudo criou ser de ti gerado! O que gerou o Eterno Pai ab æterno, antes de todos os séculos, nos geraste por obra do Espírito Santo, no meio dos séculos! Maravilhosa definição encerram cinco só letras do nome MARIA; idest Deus ex genere meo.
Veja mais: Pense em Maria, Invoque Maria, São Bernardo

Fonte: Pe. Manuel Bernardes (Site: Evangelho Cotidiano)

Ave Maris Stella


Ave, Maris Stella,
Ave, do mar Estrela
Dei mater alma,
De Deus mãe bela,
Atque semper Virgo,
Sempre virgem, da morada
Felix caeli porta.
Celeste Feliz entrada.

Sumens illud Ave,
Ó tu que ouviste da boca
Gabrielis ore,
Do anjo a saudação;
Funda nos in pace
Dá-nos a paz e quietação;
Mutans Evae nomen.
E o nome da Eva troca.

Solve vincla reis,
As prisões aos réus desata.
Profer lumen caecis,
E a nós cegos alumia;
Mala nostra pelle,
De tudo que nos maltrata
Bona cuncta posce.
Nos livra, o bem nos granjeia.

Monstra te esse Matrem,
Ostenta que és mãe, fazendo
Sumat per te preces,
Que os rogos do povo seu
Qui pro nobis natus
Ouça aquele que, nascendo
Tulit esse tuus.
Pos nós, quis ser filho teu.

Virgo singularis,
Ó virgem especiosa,
Inter omnes mitis,
Toda cheia de ternura,
Nos, culpis solutos,
Extintos nossos pecados
Mites fac et castos.
Dá-nos pureza e bravura,

Vitam praesta puram,
Dá-nos uma vida pura,
Iter para tutum:
Põe-nos em vida segura,
Ut, videntes Jesum,
Para que a Jesus gozemos,
Semper collaetemur.
E sempre nos alegremos.

Sit laus Deo Patri,
A Deus Pai veneremos,
Summo Christo decus
A Jesus Cristo também,
Spiritui Sancto,
E ao Espírito Santo; demos
Tribus honor unus. Amen.
Aos três um louvor. Amém.

Papa pede para jovens uma fé cada vez mais madura

E para os doentes, uma fé mais forte

CIDADE DO VATICANO, quarta-feira, 10 de setembro de 2008 - Bento XVI pediu hoje uma fé cada vez mais madura para os jovens e mais forte para os doentes.

Antes de despedir-se dos milhares de peregrinos congregados na Sala Paulo VI, no Vaticano, o pontífice dirigiu uma saudação especial aos jovens, aos doentes, e aos recém-casados.

Recordando que no dia 8 de setembro a Igreja celebrou a festa litúrgica da Natividade de Nossa Senhora e no dia 12, a memória do doce nome de Maria, explicou que «o Concílio Vaticano II diz que Nossa Senhora nos precede no caminho da fé, pois ‘acreditou no cumprimento das palavras do Senhor’ (Lc 1, 45)».

«Para vós, jovens, peço a Nossa Senhora o dom de uma fé cada vez mais madura; para vós, doentes, uma fé cada vez mais forte; e para vós, recém-casados, uma fé cada vez mais profunda», disse ao despedir-se dos presentes, antes de regressar à residência pontifícia de Castel Gandolfo.

Fonte: ZENIT.org

Muitos chegam à Fé, mas bem poucos ao Reino dos Céus

Das Homilias de
São Gregório Magno, papa


Muitos são os chamados e poucos os escolhidos (Mt 20, 16). Muitos, com efeito, chegam à fé, mas bem poucos ao Reino dos Céus. O rebanho da Igreja acolhe tanto os bodes como os cordeiros; mas, segundo o testemunho do Evangelho, quando o Juiz vier, há de separar os bons e os maus. Pois os que se fazem na terra escravos dos prazeres da carne, não poderão, no céu, serem contados entre as ovelhas. Vedes, caros fiéis, muitas dessas pessoas na Igreja, mas não deveis imitá-las; nem, por outro lado, desesperar de que possam salvar-se. De fato, vemos bem o que uma pessoa é hoje, mas ignoramos como será amanhã. Muitas vezes quem parece vir atrás de nós passa à nossa frente pelo impulso de uma boa ação. E, às vezes, mal podemos seguir amanhã o que hoje deixávamos para trás.

Quando Estevão morria pela fé, Saulo tomava conta das vestes daqueles que o lapidavam. Ele o lapidava, portanto, pelas mãos de todos os seus algozes, que então podiam mover-se mais à vontade, para atirar as pedras. E, no entanto, por seus trabalhos pela Santa Igreja, Paulo superou aquele do qual fizera um mártir, ao persegui-lo.

Há, por conseguinte, duas coisas a que devemos estar atentos, uma vez que há muitos chamados e poucos escolhidos. A primeira coisa é que ninguém deve jamais presumir de si próprio; pois, ainda que chamado à fé, ignora se será digno do Reino eterno. A segunda é que jamais devemos ter a ousadia de desesperar do próximo, ainda que o vejamos mergulhado nos vícios, pois não conhecemos os tesouros da misericórdia divina.

Homilia 19 in Evangelia, liber I, 5.6 (Patrologia Latina 76, 1157-1158)

São Gregório Magno

Pedro foi "a pedra" sobre a qual o cristianismo se edificou. Mas para isso foi usada uma argamassa feita da dedicação e da fé de muitos cristãos que o sucederam. Assim, a Igreja Católica se fez grande devido aos grandes papas que teve, dentre os quais temos o papa Gregório, chamado "o Magno", ou seja, o maior de todos, em sabedoria, inteligência e caridade.


Nascido em 540, na família Anícia, de tradição na Corte romana, muito rica, influente e poderosa, Gregório registrou de maneira indelével sua passagem na história da Igreja, deixando importantíssimas realizações, como, por exemplo, a instituiuição da observância do celibato, a introdução do pai-nosso na missa e o famoso "canto gregoriano". Foi muito amado pelo povo simples, por causa de sua extrema humildade, caridade e piedade.

Sua vocação surgiu na tenra infância, sendo educado num ambiente muito religioso - sua mãe, Sílvia, e duas de suas tias paternas, Tarsila e Emiliana, tornaram-se santas. As três mulheres foram as responsáveis, também, por sua formação cultural. Quando seu pai, Jordão, morreu, Gregório era muito jovem, mas já havia ingressado na vida pública, sendo o prefeito de Roma.

Nessa época, buscava refúgio na capital um grupo de monges beneditinos, cujo convento, em Montecassino, fora atacado pelos invasores longobardos. Gregório, então, deu-lhes um palácio na colina do Célio, onde fundaram um convento dedicado a santo André. Esse contato constante com eles fez explodir de vez sua vocação monástica. Assim, renunciou a tudo e foi para o convento que permitira fundar, onde vestiu o hábito beneditino. Mais tarde, declararia que seu tempo de monge foram os melhores anos de sua vida.

Como sua sabedoria não poderia ficar restrita apenas a um convento, o papa Pelágio nomeou-o para uma importante missão em Constantinopla. Nesse período, Gregório escreveu grande parte de sua obra literária. Chamado de volta a Roma, foi eleito abade do Convento de Santo André e, nessa função, ganhou fama por sua caridade e dedicação ao próximo.

Assim, após a morte do papa Pelágio, Gregório foi eleito seu sucessor. Porém, de constituição física pequena e já que desde o nascimento nunca teve boa saúde, relutou em aceitar o cargo. Chegou a escrever uma carta ao imperador, pedindo que o liberasse da função. Só que a carta nunca foi remetida pelos seus confrades e ele acabou tendo de assumir, um ano depois, sendo consagrado em 3 de setembro de 590.

Os quatorze anos de seu pontificado passaram para a história da Igreja como um período singular. Papa Gregório levou uma vida de monge, dispensou todos os leigos que serviam no palácio, exercendo um apostolado de muito trabalho, disciplina, moralidade e respeito às tradições da doutrina cristã. No comando da Igreja, orientou a conversão dos ingleses, protegeu os judeus da Itália contra a perseguição dos hereges e tomou todas as atitudes necessárias para que o cristianismo fosse respeitado por sua piedade, prudência e magnanimidade.

Morreu em 64, sendo sepultado na basílica de São Pedro. Os registros mostram que, durante o seu funeral, o povo já aclamava santo o papa Gregório Magno, honrado com o título de doutor da Igreja. Sua festa ocorre no dia em que foi consagrado papa.