Local mantém celebração da missa a partir da meia-noite. Antes da liturgia, o grupo Arautos do Evangelho se apresentou. - G1 Notícias
Cerca de 1.200 pessoas participaram da Missa do Galo na Catedral da Sé, na região central de São Paulo, na noite desta quarta-feira (24). A estimativa foi feita pela administração da catedral que, ao contrário da maior parte das paróquias da capital paulista, mantém a tradição de realizar a cerimônia a partir da meia-noite. “Esta missa é a que abre, para nós católicos, o Natal. Há um significado muito profundo em ela ser realizada nesse horário e à noite. Porque é do escuro e do silêncio que emerge o brilho divino e Deus nos fala”, afirmou o bispo auxiliar de São Paulo dom Pedro Luiz Stringhini, que esteve presente à cerimônia celebrada pelo arcebispo de São Paulo, cardeal dom Odilo Scherer.
Antes do início da celebração, a igreja já havia sido tomada pelos fiéis que chegaram uma hora antes ao local para assistir ao concerto do grupo “Arautos do Evangelho”. O grupo, formado por 75 integrantes de 14 nacionalidades – entre elas Espanha, Inglaterra, Itália e Portugal – fez uma apresentação de cerca de 40 minutos com um repertório de dez canções natalinas, entre músicas sacras e populares. “A primeira música de Natal foi entoada pela virgem Maria para ninar o menino Jesus em seus braços”, falou um integrante do grupo antes de dar início ao concerto.
Ao longo da missa, integrantes do grupo também cantaram as canções da celebração. Os Arautos se apresentam na catedral durante a Missa do Galo desde o tempo em que o arcebispado de São Paulo era comandado pelo cardeal dom Claudio Hummes (1998-2006). “A boa música, bem executada, também é um caminho para Deus”, disse Stringhini. A dona de casa, Letícia Cabral, que assistiu à apresentação do grupo, concordou com a afirmação do bispo auxiliar. “Fiquei muito emocionada. Deu até vontade de chorar. Eles cantam tão bem que até parecem anjos. Parece que a gente está meio que no céu, sei lá”, disse ela que afirma ter ido nesta quarta pelo quinto ano consecutivo à celebração da véspera do Natal na Catedral da Sé. A Missa do Galo na Catedral da Sé começou pontualmente à meia-noite. Além de fiéis, a celebração reuniu diversos sacerdotes.
Em 1531, a Santíssima Virgem, apareceu na Colina Tepejac, México, ao neófito Juan Diego, piedoso e inculto indígena, e comunicou-lhe seu desejo de ele se dirigir ao bispo com o pedido de, naquele local, construir uma igreja. O Bispo, Dom João de Zumárraga prometeu sujeitar o ocorrido a um meticuloso exame, e retardou bastante a resposta definitiva. Pela segunda vez, a Santíssima Virgem apareceu a Juan Diego, renovando, e desta vez com insistência, o seu pedido anteriormente feito. Aflito e entre lágrimas o pobre homem novamente se apresentou ao prelado e suplicou, fosse atendida a insinuação da Mãe de Deus. Exigiu então o bispo que, como prova da veracidade do seu acerto, trouxesse um sinal convincente. Pela terceira vez a Santíssima Virgem se comunicou a Juan Diego, não mais na colina de Tepejac, mas no meio do caminho à Capital, aonde este se dirigia à procura de um sacerdote para ir junto à cabeceira de seu tio, prestes a morrer. Isto foi num inverno e num lugar inóspito e árido. Maria Santíssima assegurou-o do restabelecimento do enfermo. Juan Diego, em atitude de profunda devoção, estendeu aos pés da Santíssima Virgem seu manto, e este, imediatamente se encheu de belíssimas rosas. “É este o sinal - disse-lhe Maria Santíssima - que darei a quem tal pediu. Leva estas rosas ao Sr. Bispo”. A ordem foi cumprida e, no momento em que o piedoso índio espalhou as flores diante do prelado, apareceu sobre o tecido do manto, uma linda pintura de Nossa Senhora, reprodução fiel da primeira aparição na colina de Tepejac. O fato causou grande estupefação, e às centenas acorreram os fiéis ao palácio episcopal, e mais tarde em triunfo levada à grandiosa igreja que se construiu na colina indicada pela Santíssima Virgem.